O labor teológico de quem se preocupa em oferecer a sistematização e aplicabilidade das Escrituras para a proclamação do Reino de Deus
21 outubro 2010
A parábola do filho pródigo
Nesta parábola temos três personagens. Não é correto pensarmos no filho pródigo como sendo o personagem principal. O pai amoroso e o filho mais velho não são segundários, mas partes de proporcional importância nesta narrativa, abordando aspectos diferentes da mesma situação. Mas, nos referiremos a ela como tradicionalmente se tem feito: a parábola do filho pródigo. Afinal, o pecado e a manifestação prática da graça é que são os verdadeiros temas centrais nesta história. William Barclay sugere que "seria melhor chamá-la de 'parábola do pai amoroso', porque nos fala mais do amor de um pai do que do pecado de um filho" (Lucas - El Nuevo Testamento Comentado, Ed. La Aurora, p.200). O filho mais novo é um jovem que perdeu a oportunidade de ser o filho prodígio para se tornar o pródigo. Uma família judia comum, como qualquer outra nos tempos de Jesus, foi usada para ilustrar como Deus age para restaurar um relacionamento seriamente prejudicado pelo pecado.
Esta parábola ilustra como o pecado é inerentemente sem sentido. Se tem um momento que a insensatez da iniquidade fica esclarecida, é quando tentamos entender o motivo de alguém que teria todos os benefícios simplesmente escolhendo praticar o amor, e insensivelmente prefere o desprezo, por causa, de algum pecado pessoal. O pecado faz com que filhos saiam de casa em inimizade. Por causa da dureza do coração vemos casais que inicialmente fizeram juras de amor, e viveram sublimes momentos de romance se separando com ferinas palavras de amargura. Continuar desejando fartar-se de comida podre enquanto poderia comer uma farta refeição. Preferir trabalhar para um estranho, em troca de comida, deixando de construir a própria herança com o pai. Consumir todos os bens, vivendo o hoje, e esquecendo que a vida toda se dependerá de sustento. Mas, além de insensato, o pecado também torna o indivíduo insensível. Neste caso, a maior evidência desta verdade é a insensibilidade com os próprios sentimentos, de modo, que o amor perde o seu brilho e alegria, tornando temporariamente ofuscado, sem valor e propósito. Simplesmente é loucura, mas isto é o que o pecado obscurecendo a mente produz: insensatez, insensibilidade e por fim, uma vida sem sentido.
2 comentários:
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muito esclarecedor esse comentàrio,o prodigo ou desperdiçador teve uma nova chance do pai gracioso e bondoso!!
ResponderExcluirmuito esclarecedor esse comentàrio,o prodigo ou desperdiçador teve uma nova chance do pai gracioso e bondoso!!
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