O labor teológico de quem se preocupa em oferecer a sistematização e aplicabilidade das Escrituras para a proclamação do Reino de Deus
10 janeiro 2012
A doutrina da expiação em Anselmo de Canterbury
Anselmo (1033-1109) natural de Aosta, Itália, Anselmo estudou em Bec, Normandia, cidade onde mais tarde tornou-se bispo (1063), e abade (1078). Foi nomeado arcebispo de Canterbury em 1093.
O espírito que animava o pensamento de Anselmo era o objetivo agostiniano de que a fé está em busca do entendimento. Relaciona-se deste modo com Deus no primeiro capítulo de seu Proslogion: “Desejo compreender em certa medida a tua verdade, que o meu coração crê e ama. Porque não desejo compreender para crer, senão crer para compreender.” Talvez, Anselmo seja conhecido sobretudo pelo seu argumento a favor da existência de Deus, o assim chamado “argumento ontológico” do Proslogion, que passa do conceito de Deus para a sua realidade.
Dentro da teologia Anselmo fez uma importante contribuição para a doutrina da expiação em sua obra Cur Deus Homo (Por que Deus se fez homem?). Anselmo rejeitou o paradigma conhecido como a teoria do resgate, de que em virtude do pecado humano, o diabo teria “direitos legítimos de propriedade sobre o homem.” O pecado “não é mais do que não dar a Deus o que lhe é devido”, resultando em não lhe concedendo a honra. Não seria justo que Deus cancelasse o pecado sem retribuição pelo pecado; pelo contrário, o que peca deve sofrer um castigo pelo pecado. Sendo a humanidade foi criada por Deus, lhe somos deveremos de tudo, e somos incapazes de fazer expiação por nossos pecados. Somente Cristo assumindo, voluntariamente a natureza humana e morrendo, pode dar a honra que corresponde a Deus. Cristo oferecendo voluntariamente ao Pai o preço por aquilo que ele mesmo não devia, alcança a expiação pela humanidade.
Traduzido por Rev. Ewerton B. Tokashiki
Extraído de David J. Atkinson & David H. Field, eds., Diccionário Ética Cristiana & Teología Pastoral (Barcelona, CLIE, 2004), pp. 227-228
2 comentários:
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Ola Reverendo, gostei muito do post. Essa obra mencionada no artigo encontra-se no português? Qual editora?
ResponderExcluirEstou seguindo seu blog. Se puder dar uma força no meu:
pbvalter.blogspot.com
Abraços
Presb. Valter aki de Rio Branco-AC
Ola Reverendo,
ResponderExcluirA obra mencionada no texto tem em português?
Estou seguindo seu blog. Se puder dar uma força no meu:
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Abraços
Valter