O labor teológico de quem se preocupa em oferecer a sistematização e aplicabilidade das Escrituras para a proclamação do Reino de Deus
21 agosto 2014
O presbítero deve ser irrepreensível
Esta sublime tarefa exige que o supervisor seja de caráter irrepreensível, ele precisa ser livre de acusações dos seus adversários. A palavra no grego é anepílémptos que significa não exposto ao ataque, ou seja, ele não pode ser merecedor de censura. Samuel Miller alerta que “talvez não exista na sociedade humana situação que reclame mais imperiosamente por delicadeza, precaução, reserva, e a mais vigilante discrição, do que a de um governante eclesiástico.”[1] O presbítero não pode armar os seus inimigos com argumentos que venham usar contra ele. Como supervisor, ele deve primeiramente ser vigilante com os seus impulsos pecaminosos, para que não seja reprovado, no que precisa ser referência.
Isto não significa que ele seja perfeito, ou infalível, ou que não peque mais. Ele ainda luta contra a sua velha inclinação pecaminosa, e é consciente de suas limitações. Mas o que está em evidência em sua vida é o seu compromisso com Cristo, a sua maturidade, uma vida de transformação, o seu amor pelo Redentor está em relevo. Ele é padrão para os jovens e novos convertidos, de modo que todo o rebanho o tenha como referência ética e firmeza doutrinária. A sua vida não pode de modo algum ser caracterizada pela necessidade de contínuas repreensões, de modo que todos percebam que ele não pode ser exemplo, nem representante do rebanho de Cristo. Se nele não está em evidência as virtudes de Cristo, então, ele não pode conduzir, nem supervisionar as ovelhas do Senhor, pois o seu comportamento é vazio de autoridade para exortar, confrontar e liderar. Em outras palavras, ele simplesmente não tem autoridade.
NOTA:
Samuel Miller, O Presbítero Regente - Natureza, Deveres e Qualificações (São Paulo, Editora Os Puritanos, 2a. ed., 2011), p. 44.
Um comentário:
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Vivemos tempos difíceis nas fronteiras da IPB, a influência neopentecostal é inegável e a despreocupação com a doutrina é absurda. O Presbítero deveria ser aquele a mostrar o caminho para seus, como pastores do rebanho e protetores dos símbolos de fé e do sistema de governo da denominação. Infelizmente muitos (a grande maioria) enxergam o presbiterato como status dentro da igreja. A possibilidade de reconhecimento. Em muitos casos dizem subscrever o que não conhecem ou simplesmente rejeitam. (se não com as palavras em suas ações). Contribuindo com isto, muitos presbitérios que não fiscalizam as igrejas e pastores que se sentem como empregados da igreja. Aliás, esta é uma posição sustentada por muitos presbíteros regentes, o de Patrão do pastor. De fato o Presbítero regente deve ser exemplo de conduta e doutrina na comunidade. Guiando aqueles sob os seus cuidados pelo caminho que ele mesmo anda. Uma liderança forte e bíblica mudará a cara da nossa igreja. Belo post, Deus abençoe.
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