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Em outras palavras, para o meu entendimento não há diferença no que Deus por sua onipotência opera na forma comum e conhecida sobre a videira, de modo que produza uvas, ou se pela mesma potência realiza sobre a água para mudá-la em vinho. Se o sol e a lua se detém ante a palavra de Josué, confessamos não sermos capazes de compreender este fenômeno; mas, quando o Senhor a cada manhã constantemente faz com que o sol se levante sobre o horizonte oriental, essa obra de Deus igualmente transcende a minha compreensão.
Milagres nos causam admiração e captam a nossa atenção especial. Mas a causa disto não deve ser achada na compreensão dos eventos e atos comuns da providência de Deus e a incompreensão por serem milagres. Mas, devem ser encontrados no fato de que chegamos a estar tão acostumados com as obras diárias do onipresente poder de Deus que normalmente não lhes prestamos a devida atenção. No milagre, certamente, Deus realiza algo especial que precisamente por seu próprio caráter especial chama a atenção. Todavia, nem no assim chamado caráter sobrenatural, nem no imediato, nem no caráter incompreensível de um milagre pode-se achar a idéia própria do que é um milagre.
Extraído de Herman Hoeksema, Reformed Dogmatics, vol. 1, págs. 344-345
Traduzido por Rev. Ewerton B. Tokashiki
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