Escrito por Charles Hodge
Nota do editor
Nas últimas três décadas tanto políticos conservadores como liberais escreveram uma grande quantidade de perigosas besteiras sobre a igreja e o estado. Esta estupidez está começando a afetar a política de governo e os gastos das rendas de impostos. Recentemente William Bennett, secretário da Educação, defendeu o suporte financeiro governamental para escolas católicas romanas, e os conservadores defenderam programas de fiação para canalizar fundos governamentais para escolas religiosas. Este escritor esteve presente em uma conferência nacional de diretores de escolas cristãs em Washington, D.C., no início deste ano e ouviu um orador (que não era um cristão nem um diretor de escola) opor a legislação ante o Congresso baseando-se em que os subsídios federais sob a legislação não poderiam ser canalizados para creches religiosas. Dentro dos últimos meses, William F. Buckley, Jr. foi convidado para se dirigir em uma grande convenção do Conselho Internacional de Inerrância Bíblica quanto ao assunto da impossibilidade de separar a igreja do estado. E por último, mas não menos importante, a agenda de pelo menos alguns dos “cristãos reconstrucionistas” pareciam incluir o uso da autoridade civil para manter a ortodoxia entre a população.
No meio desta confusão contemporânea nós apresentamos Charles Hodge, que foi chamado de “o príncipe dos teólogos americanos”. Hodge talvez foi o mais influente teólogo presbiteriano do século dezenove, docente no Princeton Theological Seminary por décadas, e autor de muitos livros, incluindo seus três volumes de Systematic Theology. Os seus ensaios apareceram originalmente na Princeton Review em 1863. São agora tomados de um livro recentemente relançado de ensaios por uma variedade de autores e editado por Iain Murray, The Reformation of the Church.
Este é um assunto sumamente complicado e difícil. Existem três aspectos sob os quais ele pode ser visto.
I. A real relação que em diferentes momentos e em diferentes países tem subsistido entre as duas instituições.
II. A teoria desenvolvida para justificar ou determinar os limites de tal relação de existência.
III. A relação normal, tal como deveria existir de acordo com a vontade revelada de Deus, e a natureza do Estado e da Igreja.
Constantino
Antes da conversão de Constantino, a igreja era, é claro, tão independente do estado que ela determinava sua própria fé, regulava seu culto, escolhia seus oficiais, e exercia sua disciplina sem qualquer interferência das autoridades civis. Os seus membros eram considerados como cidadãos do estado, dos quais as opiniões religiosas e práticas eram, exceto em tempos de perseguição, considerados como questões indiferentes. É provável que muita da mesma liberdade era concedida aos cristãos primitivos como era dada pelos romanos para os judeus, que não eram somente permitidos, em casos ordinários, a conduzir seus cultos na sinagoga como desejassem, mas decidir assuntos de disputa entre eles, de acordo com suas próprias leis. Também é declarado que igrejas eram permitidas a posse de propriedades imobiliárias antes da profissão de Cristianismo pelo imperador.
Quando Constantino se declarou como cristão, ele expressou a relação que deveria subsistir doravante entre a igreja e o estado, dizendo a certos bispos, “Deus vos fez os bispos dos assuntos internos da igreja, e a mim o bispo de seus assuntos externos”. Desde então, este pronunciamento se tornou por toda uma grande porção da Cristandade, a fórmula permanente para expressar a relação do magistrado civil com o reino de Cristo.
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O labor teológico de quem se preocupa em oferecer a sistematização e aplicabilidade das Escrituras para a proclamação do Reino de Deus
26 fevereiro 2016
A relação do Estado e da Igreja
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Teoria Política
Ministro presbiteriano, escritor, tradutor, revisor e professor de teologia
17 fevereiro 2016
Oração em favor da Assembleia Legislativa
Oração de James Henley Thornwell
"Todo-Poderoso e Eterno Deus, o Pai, o Filho e o Santo Espírito, o Criador dos céus e da terra, nós O adoramos como o único vivo e verdadeiro Deus. Tu somente és o Senhor. Tu governas sobre tudo, fazendo o que Te comprazes entre os exércitos do céu e os habitantes da terra; e ninguém pode impedir a Tua mão, ou questionar-Te sobre o que fazes. Teu reino é um reino eterno e o Teu domínio se estende através das gerações. Tu mereces reinar; pois, somente Tu és sábio, bom e santo. Também Tu és misericordioso e gracioso. Especialmente damos-Te graças pelo Teu indizível amor na redenção de pecadores por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Em Teu nome nos apresentamos agora diante de Ti, e, para o Teu louvor, nós humildemente imploramos o Teu favor e benção. Confessamos a nossa indignidade ao receber o mínimo das Tuas misericórdias; pois temos pecado, e pecamos gravemente contra Ti. Oh Deus! Não entre em juízo conosco, mas garanta-nos o verdadeiro arrependimento. Concede-nos graça ao buscar-Te de todo o nosso coração, e preserve-nos na obediência dos Teus mandamentos.
Nós adoramos a Ti como o Rei das nações. Reconhecemos a suprema autoridade de Tua lei; e suplicamos para que sejas o nosso Deus, e o Deus de nossos filhos, através de todas as gerações. Especialmente, oh Deus, fazemos súplicas para que conduzas pela Tua sabedoria em todas as deliberações desta Assembleia Legislativa. Vão é o auxílio do homem. Devemos confiar-nos, bem como os interesses de nosso país em Tuas mãos; e, suplicar-Te que transmita à esta Assembleia a inspiração do Santo Espírito, dando a cada membro uma boa compreensão, motivos puros, e uma clara percepção do que é correto e do que deve ser feito. Livra-nos do erro, do orgulho e das paixões profanas. Reveste-nos com uma verdadeira humildade. Ensina-nos a Tua vontade, e dá-nos forças para realiza-la.
Oh Deus! Sê consistente com a Tua vontade e repreende todos os elementos problemáticos; fale a paz aos tumultos do povo; restaure a verdade, a justiça e o amor fraternal. Reúna os Estados desta Confederação ajuntando-os pelos laços da justiça e da paz. Mas, qualquer que seja a questão, garanta a paz e a prosperidade desta nação e de todos os Estados que têm comum interesse conosco. Una-os, reunindo em harmonia e amor, e dá-lhes um nome e um lugar de honra entre as nações da terra. Oh! Garanta-nos que possamos tê-Lo como o nosso Deus, e proteja-nos do poder de toda adversidade. Em Tuas mãos nós recomendamos a nossa causa; e tudo o que buscamos é a Tua paternal direção e benção."
Extraído de B.M. Palmer, The life and letters of James Henley Thornwell (Edinburgh, The Banner of Truth Trust, 1986), pp. 511-512.
Tradução livre
Rev. Ewerton B. Tokashiki
17 de Fevereiro de 2016.
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Teologia pastoral
Ministro presbiteriano, escritor, tradutor, revisor e professor de teologia
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