Escrito por J.G. Child
Este movimento pretende em essência, submeter todas as áreas da vida ao senhorio de Cristo.[1] Deve a sua origem a Rousas John Roshdoony (1916-2001), um teólogo americano, cujo livro The Institutes of Biblical Law (1973) promoveu o movimento. Outros importantes pensadores desta tendência são Greg Bahnsen (1949-1995), sobretudo Gary North (1941- ).
O Reconstrucionismo Cristão reuniu algumas característcas teológicas essenciais:
1. A soberania de Deus (na perspectiva do Calvinismo);
2. A importância teológica e sociológica do pacto;
3. A aplicação da lei bíblica à sociedade moderna (Teonomia);
4. A Apologética Pressuposicionalista de Cornelius Van Til (1895-1987);
5. E, o triunfo da causa de Cristo no mundo (Pós-milenismo).
Este movimento está influenciando nos círculos teológicos e politicamente conservadores, se bem que com certa controvérsia. Os críticos têm se concentrado nas questões da Teonomia e o Pós-milenismo. As leis que Deus deu a Israel poderiam ter vigência para as nações que não mantém uma relação de pacto com Deus? Poderiam todas as leis pertencentes ao pacto mosaico sobreviver a sua abolição? Que implicação tem o cumprimento que Cristo fez da lei (Mt 5:17) em sua aplicação contemporânea? As respostas a estas perguntas não foram plenamente satisfatórias e continua necessário um entendimento mais preciso da lei bíblica.
Escatologicamente, a bem vinda ênfase sobre a vitória e o domínio necessita incorporar uma apreciação maior do sofrimento e da debilidade da igreja para ser plenamente bíblico.
Ao forçar que os cristãos aprendam a contribuição que faz o AT para a ética cristão e à justiça social, e ao oferecer refletidas soluções bíblicas aos problemas do mundo moderno, os reconstrucionistas estão enriquecendo a igreja.
Obras de referência:[2]
1. R.J. Rushdoony, The Institutes of Biblical Law (1973).
2. G.L. Banhsen, Theonomy in Christian Ethics (1984).
3. W.S. Barker & W.R. Godfrey, eds., Theonomy: A Reformed Critique (1990).
4. Gary North & D. De Mar, Christian Reconstruction: What it is, what it isn’t (1991).
NOTAS:
[1] O tradutor apesar de perceber aspectos positivos nesta proposta teológica ele não a subscreve.
[2] Para literatura reconstrucionista cristã em português acesse o site Monergismo .
Extraído de David J. Atkinson, ed., Diccionario Ética Cristiana y Teología Pastoral (Editorial CLIE & Publicaciones Andamío, 2004), pág. 832.
Tradução livre:
Rev. Ewerton B. Tokashiki
2 comentários:
Olá Rev. Ewerton!
Que grata satisfação encontrar seu blog. Parabéns por sua proposta e conteúdo. Já o estou seguindo!
Se desejar retribuir, sentir-me-ei honrado.
www.hermesfernandes.com
Aproveito para lhe desejar um Feliz Natal e um novo ano repleto de surpresas maravilhosas da parte de Deus.
Pr. Ewerton,
o assunto me interessa deveras.
Considero-me um teonomista mais por intuição do que propriamente pela leitura extensa sobre o assunto. Acredito que a Bíblia o garante para todos os homens, sem exceção. Mas gostaria, se possível, que emitisse a sua opinião sobre a teonomia, e se é possível a reconstrução sem a justiça proveniente da Lei de Deus; ou seria a aplicação da Lei de Deus consequência da reconstrução?
Há como o pacote reconstrucionista ser aberto sem se tirar de dentro todos os elementos apontados pelo autor do texto?
Ficarei grato se puder opinar. Se preferir, o meu email é dosty@monergismo.com
Cristo o abençoe!
Grande abraço!
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