01 julho 2020

The Concise Marrow of Christian Theology - Johann H Heidegger RESENHA

Uma resenha por Ryan McGraw


Johan Heinrich Heidegger (1633-1698) provavelmente não é um nome familiar nos círculos reformados hoje. No entanto, Heidegger serviu como professor em Heidelberg e Zurique, no que é conhecido como o período da alta ortodoxia da ortodoxia reformada. Francis Turretin (1623-1687) se referia a ele regularmente em seus famosos Compêndio de Teologia Apologética, e ele era bem conhecido em seu tempo. Heidegger também escreveu três sistemas de teologia, dos quais este era o mais curto. A presente obra é breve e a tradução é bem fluente para a leitura. Heidegger oferece aos leitores modernos uma excelente visão do pensamento clássico reformado sem atolá-los em um texto com vários volumes. Este livro recompensará àqueles que assimilarem o seu conteúdo, dando-lhes um vislumbre da cuidadosa precisão, fidelidade bíblica e piedade do pensamento histórico reformado.

O Compêndio de Heidegger cobre todo o sistema de doutrina em aproximadamente duzentas páginas. Ele não é tão completo ou preciso quanto alguns manuais de teologia abreviados mais conhecidos, como os de William Ames ou Johannes Wollebius. No entanto, Heidegger apresenta aos leitores todos os termos e distinções teológicas básicas que eles precisam para entender o sistema da doutrina reformada. Isso ajudará as pessoas a compreenderem a essência do pensamento reformado, deixando muitas perguntas subdesenvolvidas. Heidegger também removeu quase todas as referências a outros autores, incluindo os pais da igreja, optando por apresentar aos leitores as passagens mais relevantes das Escrituras que substanciam as suas afirmações. As suas definições são simples e claras, mas este será um texto inicial mais difícil do que o de Ames e Wollebius mencionados acima. Os alunos eram obrigados a memorizar um texto como este, a fim de servir como uma ponte para a leitura de tratamentos mais complexos da teologia.

Os editores listam três razões para estudar textos clássicos reformados como este (ix). Primeiro, eles fornecem a base intelectual da teologia moderna. Segundo, eles representam parte da herança daqueles que se identificam com a confissão reformada. Terceiro, a ortodoxia reformada foi um movimento espiritual vital que merece nossa atenção. Heidegger cumpre todos esses objetivos, e ainda, de modo admirável. Ele pretendia que este livro fosse uma obra de transição para obras teológicas maiores (xx). Como Ryan Glomsrud observa na introdução, “Heidegger pretendia apresentar a seus leitores um resumo de consenso da tradição reformada como um todo” (xxiv). A este respeito, é agora um ponto de partida para os leitores ingleses modernos no mundo mais amplo do pensamento reformado clássico.


Referência bibliográfica: Johan Heinrich Heidegger, The Concise Marrow of Christian Theology (Reformation Heritage Books, 2018), 256 páginas.

Texto original da resenha AQUI

Traduzido por Ewerton B. Tokashiki

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