Segue aqui algumas sugestões de leitura:
1. Berkouwer, G.C., Faith and Perseverance (Grand Rapids, Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1958), págs.127-153.
G.C. Berkouwer dedica um capítulo da sua obra para demonstrar a relação entre a doutrina da perseverança e da oração. É interessante o fato dele não desenvolver este tema noutro livro da sua série de dogmática chamado Faith and Santification. Entretanto, ele assevera que a perseverança somente é entendida numa “viva comunhão entre Deus e o homem” que ocorre na oração. Assim, ele não está negando a oração como parte da santificação, mas fazendo uma ponte da oração com a necessidade do crente em orar e viver a sua comunhão com Deus.
Segundo o autor, a oração somente pode ser realizada num contexto de perseverança. Se a continuidade da salvação é o resultado de Deus nos preservar em graça, devemos concluir que a incessante intercessão do Filho e do Espírito torna os salvos aceitos em sua oração diante do Pai. Por isso, Berkouwer argumenta que a perseverança ocorre baseada na contínua intercessão de Cristo, bem como do Espírito Santo nos capacitando a orar.
2. Cobbet, Thomas, Gospel Incense or A Practical Treatise on Prayer (Pittsburgh, Soli Deo Gloria Publications, 1993).
Esta é uma amostra da tradição piedosa do puritanismo inglês que migrou para os Estados Unidos da América. O autor foi um ministro congregacional de Lynn, New England, que teve a sua educação formal sustentada pelo moderador da Assembléia de Westminster, o presbiteriano Dr. William Twisse.
Originalmente publicado em 1657, o livro é estruturado em três partes em que desenvolve o tema oração. O próprio título evidencia a proposta da obra como sendo de “Um Discurso Prático da Oração que é a Natureza, o Dever, as Qualificações da Oração; e os vários modos de orar; Orações espontâneas, públicas, privadas e secretas. Com a sua necessidade e do envolvimento com a Oração. Junto com o estudo de casos da consciência dela.” É prolixo em sua argumentação, mas tem o propósito de esclarecer assuntos que eram a experiência pessoal dos crentes da sua geração, mas são aplicáveis hoje por causa da sua fidelidade bíblica.
3. Pink, Arthur W., Effectual Fervent Prayer (Grand Rapids, Baker book House, 1981).
Este livro surgiu como resultado de uma série de artigos do jornal evangélico Studies in the Scripture com o título “The Prayer of the Apostles”. Entretanto, o presente livro é apenas parte daqueles artigos, pois uma expressiva parte deles foi publicado sob o título de Gleanings from Paul: Studies in the Prayers of the Apostle. Em Effectual Fervent Prayer Pink faz uma exposição das epístolas aos Hebreus, 1 e 2 Pedro, Judas e do livro do Apocalipse.
O autor é conhecido pela sua fidelidade a doutrina reformada. Não é diferente na sua interpretação e aplicação dos textos bíblicos que selecionou para escrever acerca da oração. Embora seja uma obra devocional é rica em insights.
4. Pratt, Jr., Richard L., Pray With Your Eyes Open (Phillipsburg, Presbyterian and Reformed Publishing Company, 1987).
O sugestivo título de Richard L. Pratt Jr. evoca atenção por causa da prática protestante de se orar com olhos fechados. Mas, a proposta de Pratt é algo além. Ele deseja conduzir a nossa reflexão para entendermos o problema que os crentes tem com a prática da oração. A sua proposta de estudo aponta para uma reposta tripartida, ou seja, olhe para Deus, para si mesmo e para o modo da sua comunicação. O olhar para Deus é necessário para se entender os seus atributos, porque tudo o que Ele faz reflete aquilo que é. Olhar para si mesmo, não envolve auto-ajuda, mas o contexto em que se vive e a partir dele ter a motivação vivencial para procurar esta relação com Deus, quer seja alegria, aflições ou tempos de necessidades.
No término de cada capítulo Pratt Jr. acrescenta algumas questões a serem completadas pelo leitor, bem como sugestões devocionais práticas. A intenção não é meramente estudar sobre oração, mas induzir o leitor a fazê-la. Os dois apêndices são úteis paa especificar quais são os nomes, títulos e metáforas que Deus usou para se revelar e espera que aqueles que se relacionam em oração, também se dirijam a Ele.
5. Spurgeon, Charles H., Twelve Sermons on Prayer (Grand Rapids, Baker Book House, 1996).
Esta é uma série de sermões selecionados pela Baker Book House Co. dos que Charles H. Spurgeon pregou no Metropolitan Tabernacle. Possui uma preocupação pastoral numa perspectiva calvinista ornado pela sua conhecida oratória.
O seu público são pessoas comuns em suas preocupações diárias. Ele é prático, expositivo, e usa uma linguagem simples, entretanto, não é superficial em seu conteúdo.
6. Witsius, Herman, Sacred Dissertations on the Lord’s Prayer (Phillipsburg, Presbyterian and Reformed Publishing Company, 1994).
Esta é uma obra clássica sobre oração. Escrito originalmente em latim (1689), e traduzido para o inglês pela primeira vez em 1839, o livro pertence a uma trilogia de Herman Witsius ao lado de outras duas obras The Oeconomy of the Covenants Between God and Man e The Apostles’ Creed.
O livro se divide em duas partes: uma análise geral da oração, abrangendo cerca de 150 páginas, e segunda parte dedicada a expor a oração do Pai Nosso. A obra é bem dividida e clara em cada capítulo.
Um comentário:
Olá Ewerton:
Gostaria de sua impressão, opinião, clítica, enfim,
que se sentisse à vontade para comentar uma, algumas - ou quem sabe – todas
(letras já musicadas) que tenho.
São letras alegoricamente elaboradas e estruturadas dentro de uma ideologia cristã.
Mas que não se enquadra nas categorias usuais do universo de “música gospel”. Abaixo segue um trechinho de “Terroristas psicológicos”
“Religião ou sistema sacrificalista
Nas mãos de alguns religiosos
Torna-se aterrorizante
Um verdadeiro instrumento de tortura
Proibições sem argumentos
Rédeas mantidas com a culpa
A tradição acima do sagrado
O caminho como querem e não como Ele é
Terroristas psicológicos
Diabolizam a fragilidade humana
Embalam Cristo em preceitos sadistas
Nos querem em paranóia”
Ser puder fazer isso pra mim...
Te mando as letras por e-mail.
sergioverine@yahoo.com.br
Atenciosamente,
Sergio Verine
Ah! Karaokê "gospel" é ótima.
www.paulocesarlima.blogspot.com
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