Por
Rosaria Butterfield
O Cristianismo gay nasceu do
desespero. Pessoas como eu — pessoas que tiveram no passado ou que atualmente
têm desejos sexuais profundos, duradouros e/ou duradouros por pessoas do mesmo
sexo — não encontraram lugar em qualquer igreja evangélica. Em vez disso, essas
igrejas costumam dizer que a homossexualidade é um comportamento a ser
modificado por meio de ministérios paraeclesiásticos de ex-gays. A igreja
condenava tais sentimentos como más escolhas e condenava as pessoas (como eu)
que os vivenciavam como abominações, chamando falsamente os desejos
homossexuais de uma escolha deliberada.
Nunca conheci uma pessoa que tivesse
escolhido a atração pelo mesmo sexo. No início dos anos 2000, pessoas com
atração permanente e duradoura pelo mesmo sexo reuniam-se sob o termo
"cristão gay". Eles são apoiados pela Gay Christian Network [Rede de Apoio
Cristão Gay] ou Side A (que sanciona o casamento entre pessoas do mesmo sexo e
acredita que a homossexualidade é apenas uma das muitas formas de sexualidade
diversa que a igreja deveria acolher), e pela comunidade online da Spiritual
Friendship [Amizade Espiritual] ou Side B (que crê que a homossexualidade não é
uma questão moralmente culpável, embora seja uma consequência da ruína causada
pela Queda; o Side B ensina contra a prática sexual homossexual, mas apenas em
nome da tradição cristã). Embora o Side B busque defender os padrões sexuais
bíblicos, pois considera a orientação sexual uma categoria precisa de
personalidade (ou seja, existe algo como uma pessoa gay — que a
homossexualidade descreve quem alguém essencialmente é), sua teologia não
permite de forma alguma a compreensão de por que a homossexualidade, mesmo no
nível do desejo, é pecaminosa e necessita da graça do arrependimento? Para o
cristão do Side B, a homossexualidade é uma sexualidade — uma entre muitas.
Ao longo dos anos, vimos muitos
cristãos do Side B desertarem para o Side A, declarando que Deus sanciona
uniões homossexuais. E prevejo que veremos muitos outros desertores, visto que
a teologia por trás do Side B é biblicamente insustentável. Como podemos lutar
contra um pecado que não odiamos? Odiar o nosso próprio pecado é um componente
fundamental para combatê-lo. Ao mesmo tempo, precisamos nos separar do pecado
que odiamos. Isso pode ser uma questão muito desafiadora para um cristão que
vivencia a homossexualidade, uma questão que se torna extremamente mais
desafiadora se a pessoa assume a identidade social de “cristão gay”.
Devemos manter que nós, que nos
arrependemos e cremos, nos vestimos de justiça como filhos e filhas amados de
Deus, mesmo enquanto lutamos diariamente contra qualquer luxúria sexual e
desejo antibíblico que reivindique nossas afeições. Não somos o nosso pecado e
nunca devemos deixar que ele nos defina.
Tanto o Side A quanto o Side B apoiam
a ideia de que a orientação sexual é uma categoria precisa de personalidade e,
portanto, ambos estão fora dos limites do ensino bíblico.
Para ler o artigo original acesse aqui.
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