Já faz tempo que o liberalismo teológico tem assediado e invadido uma boa parte do campo evangélico brasileiro. Os prejuízos para a pregação do evangelho têm sido enormes. A decadência doutrinária aumenta com rapidez e muitos crentes estão cada vez mais confusos.
Por várias décadas, o liberalismo teológico vem ganhando espaço nas denominações históricas e em seus seminários. Nos últimos anos, porém, alguns segmentos pentecostais foram atingidos por essa corrente de pensamento, algo inimaginável até então, pois, ser pentecostal significa crer no poder e na Palavra de Deus.
A exemplo dos liberais, alguns pentecostais se julgam espertos o suficiente para duvidar de Deus e da sua Palavra. Hostilizar o cristianismo, exaltar a dúvida e questionar a Bíblia Sagrada tornou-se para muitos um sinal de academicismo e inteligência.
É o que vemos hoje através das igrejas emergentes, que pregam uma ortodoxia generosa,¹ onde as verdades e temas vitais da fé cristã perdem sua importância. Tudo indica que há uma apostasia se instalando em muitas igrejas evangélicas, algo já predito na Palavra de Deus e que aponta para a volta de Cristo (2 Ts 2.3; 2 Tm 4.1; 2 Tm 4.1-4; 2 Pe 2.1).
É num solo assim, fértil para a semeadura e crescimento de distorções das doutrinas centrais da fé cristã que surge o livro A Cabana² promovendo o liberalismo teológico e fazendo sucesso entre os evangélicos e a sociedade em geral.
Este artigo apresenta uma breve análise, à luz da Bíblia, sobre esse best-seller a fim de responder algumas indagações de muitos cristãos.
I – Definições
Liberalismo teológico: Movimento da teologia protestante que surgiu no século XIX com o objetivo de modificar o cristianismo a fim de adaptá-lo à cultura e à ciência modernas.
O liberalismo rejeita o conceito tradicional das Escrituras Sagradas como revelação divina proposital e detentora de autoridade, preferindo o conceito de que a revelação é o registro das experiências religiosas evolutivas da humanidade. Apregoa também um Jesus mestre e modelo de ética, e não um redentor e Salvador divino.
Pluralismo religioso: A crença de que há muitos caminhos que levam a Deus, que há diversas expressões da verdade sobre ele, e que existem vários meios válidos para a salvação.
Relativismo: Negação de quaisquer padrões objetivos ou absolutos, especialmente em relação à ética. O relativismo propala que a verdade depende do indivíduo ou da cultura.
Teologia relacional (teísmo aberto): Conceito teológico segundo o qual alguns atributos tradicionalmente ligados a Deus devem ser rejeitados ou reinterpretados. Segundo seus proponentes, Deus não é onisciente e nem onipotente. A presciência divina é limitada pelo fato de Deus ter concedido livre-arbítrio aos seres humanos.
II – O livro A cabana
A história do livro
Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida da família de Mack Allens: sua filha mais nova, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontrados numa velha cabana.
Imerso numa dor profunda e paralisante, Mack entrega-se à Grande Tristeza, um estado de torpor, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos de desaparecimento da menina, insiste em não diminuir.
Um dia, porém, ele recebe um bilhete, assinado por Deus, convidando-o para um encontro na cabana abandonada. Cheio de dúvidas, mas procurando um meio de aplacar seu sofrimento, Mack atende ao chamado e volta ao cenário de seu pesadelo.
Chegando lá, sua vida dá uma nova reviravolta. Deus, Jesus e o Espírito Santo estão à sua espera para um “acerto de contas” e, com imensa benevolência, travam com Mack surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o compreender alguns dos episódios mais tristes de sua história (Informações extraídas da orelha do livro).
O livro é uma ficção cristã, um gênero que cresce muito na cultura cristã contemporânea e comunica sua mensagem de uma forma leve e fácil de se ler. O autor, William P. Young trata de temas vitais para a fé cristã tais como: Quem é Deus? Quem é Jesus? Quem é o Espírito Santo? O que é a Trindade? O que é salvação? Jesus é o único caminho para Deus?
III – Pontos principais do livro³
1. Hostilidade ao Cristianismo
“As orações e os hinos dos domingos não serviam mais, se é que já haviam servido... A espiritualidade do Claustro não parecia mudar nada na vida das pessoas que ele conhecia... Mack estava farto de Deus e da religião...” (p. 59).
“Nada do que estudara na escola dominical da igreja estava ajudando. Sentia-se subitamente sem palavras e todas as suas perguntas pareciam tê-lo abandonado” (81).
Resposta bíblica: Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua Igreja (Mt 16.18).
2. Experiência acima da revelação
As soluções para os probemas da vida surgem de experiência extrabíblicas e não da Palavra de Deus. As alegadas revelações da “Trindade” são a base de todo o enredo do livro. Mesmo fazendo alusões às verdades bíblicas, elas não são a base autoritativa da mensagem.
3. A rejeição de Sola Scriptura
A Cabana rejeita a autoridade da Bíblia como o único instrumento para decidir as questões de fé e prática. Para ouvir Deus, Mack é convidado a ouvir Deus numa cabana através de experiências e não através da leitura e meditação da Bíblia Sagrada.
Resposta bíblica: Rm 15.4: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.
2 Tm 3.16, 17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a coreção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
A igreja não precisa de uma nova revelação, mas de iluminação para entender o que foi revelado nas Escrituras.
4. Uma visão antibíblica da natureza e triunidade de Deus
Além de errar sobre a Bíblia, A Cabana apresenta uma visão distorcida sobre a Trindade. Deus aparece como três pessoas separadas, o que pode ser chamado de triteísmo.
O autor tenta negar isso ao escrever: “Não somos três deuses e não estamos falando de um deus com três atitudes, como um homem que é marido, pai e trabalhador. Sou um só Deus e sou três pessoas, e cada uma das três é total e inteiramente o um” (p. 91).
Young parece endossar uma pluralidade de Deus em três pessoas separadas: duas mulheres e um homem (p. 77). Deus o pai é apresentado como uma negra enorme, gorda (p. 73, 74, 75, 76, 79), governanta e cozinheira, chamada Elousia (p.76).
Jesus aparece como um homem do Oriente Médio, vestido de operário, com cinto de ferramentas e luvas, usando jeans cobertos de serragem e uma camisa xadrez com mangas enroladas acima dos cotovelos, mostrando os antebraços musculosos. Não era bonito (p. 75).
O Espírito Santo é apresentado como uma mulher asiática e pequena (p. 74), chamada Sarayu (p. 77, 101).
Resposta bíblica: Dentro da natureza do único Deus verdadeiro há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. São três pessoas distintas, mas, não separadas como o livro apresenta. Além disso, o Pai e o Espírito Santo não possuem um corpo físico. Veja Jó 10.4; João 4.24 e Lucas 24.39.
5. A punição do pecado
O livro apregoa que Deus não castiga os pecados: “Mas o Deus que me ensinaram derramou grandes doses de fúria, mandou o dilúvio e lançou pessoas num lago de fogo. — Mack podia sentir sua raiva profunda emergindo de novo, fazendo brotar as perguntas, e se chateou um pouco com sua falta de controle. Mas perguntou mesmo assim: — Honestamente, você não gosta de castigar aqueles que a desapontam? Diante disso, Papai interrompeu suas ocupações e virou-se para Mack. Ele pôde ver uma tristeza profunda nos olhos dela. — Não sou quem você pensa, Mackenzie. Não preciso castigar as pessoas pelos pecados. O pecado é o próprio castigo, pois devora as pessoas por dentro. Meu objetivo não é castigar. Minha alegria é curar. — Não entendo...”
Resposta bíblica:
A Cabana mostra um Deus apenas de amor e não de justiça. Apesar da Bíblia ensinar que Deus é amor, não falha em apresentá-lo como um Deus de justiça que pune o pecado:
“A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.4).
“Semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Rm 1.27).
“porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).
“E a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts 1.7, 8). Cristo morreu pelos nossos pecados (1Co 15.3).
6. O milagre da encarnação
O livro apresenta uma visão errada da encarnação de Jesus Cristo: “Quando nós três penetramos na existência humana sob a forma do Filho de Deus, nos tornamos totalmente humanos. Também optamos por abraçar todas as limitações que isso implicava. Mesmo que tenhamos estado sempre presentes nesse universo criado, então nos tornamos carne e sangue” (p. 89).
Resposta bíblica:
De acordo com a Bíblia, somente o verbo encarnou (Jo 1.14). Veja ainda Gl 4.4; Cl 2.9 e 1Tm 2.5.
7. Jesus, o melhor ou único caminho para o Pai?
No livro, Jesus é apresentado como o melhor e não o único caminho para Deus: “Eu sou o melhor modo que qualquer humano pode ter de se relacionar com Papai ou com Sarayu” (p. 101).
Resposta bíblica:
A Bíblia é muito clara ao afirmar que Cristo é o único que pode salvar: Is 43.11; Jo 6.68; Jo 14.6; At 4.12 e 1 Tm 2.5.
8. Patripassionismo
O livro promove uma antiga heresia denominada patripassionismo, que é o sofrimento do Pai na cruz: “O olhar de Mack seguiu o dela, e pela primeira vez ele notou as cicatrizes nos punhos da negra, como as que agora presumia que Jesus também tinha nos dele. Ela permitiu que ele tocasse com ternura as cicatrizes, marcas de furos fundos” (p. 86). “Olhou para cima e notou novamente as cicatrizes nos pulsos dela” (p. 92). “Você não viu os ferimento em Papai também”? (p. 151).
Resposta bíblica
A Bíblia mostra que foi Jesus quem sofreu na cruz e recebeu as marcas dos cravos e não o Pai ou o Espírito Santo. Veja João 20.20, 25, 28.
9. Universalismo
A Cabana promove o universalismo, isto é, que todas as pessoas serão salvas, não importa a sua religião ou sistema de crença. “Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos” (p. 168, 169).
“Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, em meus amados” (p. 169).
Jesus afirma: “A maioria das estradas não leva a lugar nenhum. O que isso significa é que eu viajarei por qualquer estrada para encontrar vocês” (p. 169).
Resposta bíblica
Não há base bíblica para tais afirmações. A Palavra de Deus ensina que não existe salvação fora de Jesus Cristo. Apesar de o universalismo ser uma doutrina agradável, popular e que reflete a política da boa vizinhança, a Bíblia afirma que nem todos serão salvos: Veja Mt 7. 13, 14; 25.31-46; 2 Ts 3.2.
Escrito por Dr. Paulo Romero
NOTAS
* Pastor presidente da ICT - Igreja Cristã da Trindade; Presidente da Agir - Agência de Informações Religiosas
¹ Brian McLaren, Uma ortodoxia generosa (Brasília, Editora Palavra, 2007). Este livro promove muitas das propostas denunciadas neste estudo.
² YOUNG, William P., A cabana (Rio de Janeiro, Editora Sextante, 2008).
³ Algumas idéias foram extraídas de um trabalho publicado por Norman Geisler: “Norm Geisler Takes “The Shack”to the Wood Shed. Acessado em 18 de dezembro de 2008. www.thechristianworldview.com
BIBLIOGRAFIA
EVANS, C. Stephen, Dicionário de apologética e filosofia da religião (São Paulo, Editora Vida, 2004).
NICODEMUS, Augustus, O que estão fazendo com a Igreja (São Paulo, Editora Mundo Cristão, 2008).
PIPER, John et alli, Teísmo aberto: uma teologia além dos limites bíblicos (São Paulo, Editora Vida, 2006.
WILSON, Douglas (org.), Eu não sei mais em quem eu tenho crido: confrontando a teologia relacional (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2006).
YOUNG, William P., A cabana (Rio de Janeiro, Editora Sextante, 2008).
18 comentários:
Caro Pr Ewerton,
Também escrevi uma resenha sobre esse livro herético no meu blog (http://opticareformata.blogspot.com/2009/06/heresias-escondidas-dentro-de-uma.html) e, depois, dei um estudo sobre ele na igreja em que congrego. O número de pessoas que se encantam com as falácias do Liberalismo não é pequeno. É por isso que não me surpreendi quando o Prêmio Areté de 2008 (literatura evangélica) na categoria melhor livro foi para o livro "Uma ortodoxia generosa", de Brian McLaren. Como o senhor mesmo falou, até mesmo alguns grupos pentecostais já aderiram a essa visão.
Continue firme, pastor, defendendo a verdade que de uma vez por todas foi entregue aos santos (cf. Jd 3).
Abraços!
Prezado Pr Ewerton
Não estou aqui para defender o liberalismo e nem mesmo o livro a Cabana, que eu li e gostei. Mas me parece que os fundamentalistas consideram o seu método de leitura bíblica, o único válido.
Esquecem que os pressupostos fundamentalistas são gestados a partir de uma ótica teológica pré-determinada, da mesma forma que fazem todos os outros modos de ler a bíblia, incluindo aí o liberalismo. Não entendo essa ojeriza contra o pensamento de homens como Scheiermacher, Ritschl, Kierkegaard, Schweitzer; homens que ousaram sair da prisão fundamentalista (de certo com seus erros e acertos)e propuseram novas formas de pensar o mistério de Deus.
O que me incomada em qualquer sistema teológico seja liberal ou fundamentalista é essa arrogância de não está aberto para o outro, para o que está além do próprio nariz; O criticar o outro a partir da minha verdade, que creio que seja a única válida, a única que reflete a verdade bíblica.
Não é assim que fizeram calvinistas e arminianos, numa guerra ridícula para estabelecer se Deus predestinou ou se não predestinou? Ou o Sr. acha que Calvino ou Lutero eram o supra-sumo da ética e do fazer teológico?
Não leia isso como se estivesse vendo alguém rancoroso na sua frente, pelo contrário, veja um cristão que sem abrir mão de algumas conviccões, não se enclausura na prepotência de ser o detentor da verdade. Aliás, o mais importante é, como disse Jesus, sintetizando tudo que é mais importante, "amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo". O resto, é dogmatismo.
Gostaria muito de seguir este blog que é muito bom pelo que pude ver. Mas será que aqui só cabem pensamentos de estudantes da teologia fundamentalista e pretensos detentores da verdadeira ortodoxia?
Se a resposta for sim, é uma pena, por que aí, o que aqui se faz não é estudar teologia, e sim, estudar certa forma de se fazer teologia.
No mais, um grande abraço. Espero poder trocar boas experiências com você. Se não quiser publicar meu comentário por achá-lo fora do padrão do blog, por favor, fique a vontade.
Entendo que homens honestos e sinceros dedicaram suas vidas estudando teologia. Grandes homens que, no labor de seus estudos construíram suas teologias, as quais influênciaram a igreja no decorrer da história. No entanto, quais são os pressupostos, que levam pessoas a lerem um livro como "A Cabana", uma ficção,e, se sentirem mais atraídas do que a leitura da Escritura Sagrada?
O divisor de águas da teologia é ter a Bíblia como Palavra de Deus absoluta ou não. Daí, as lentes para uma leitura crítica é a Palavra de Deus ou o pensamento recionalista absolutizados, que não crêem que a Bíblia seja a regra de fé e de prática do cristão.
Deus quando criou todas as coisas estabeleceu significados a cada uma delas; Deus estabeleceu leis para o homem e não para Ele. Deus está acima das leis. Só podemos compreender O Ser de Deus naquilo que Ele mesmo estabeleceu e revelou, e esta revelação está na Escritura Sagrada, na criação natural. Porém, quando o homem rejeita a Palavra de Deus, ele só pode recorrer a um farol, a razão. A fé não exclui a razão nem a lógica, mas o inverso não é verdadeiro.
Calvino fez uso da fé, para ele a Escritura Sagrada é a Palavra de Deus, também fez uso da razão e da lógica, porém, sem absolutiza-la. Poderiam apontar entre os teólogos, quem mais produziu que Calvino e Lutero?
Então, se considerarmos a Bíblia como Palavra de Deus e à sua compreensão usamos o método Gramático-Histórico e não o método Histórico Crítico somos taxados de fundamentalistas, assim seja.
Wilson Penalva
Seminarista
Assino embaixo, Wilson!
Prezado professor Ewerton, permita-me comentar o comentário(redundância horrível)do Wilson, por favor.
Prezado Wilson: muito inteligente sua colocação. Mas permita-me questionar: você leu o livro? se leu, por acaso sentiu-se mais atraído por ele do que pela Bíblia? não? nem eu. Conhece alguém que sendo crente em Deus, trocou a Bíblia pela Cabana?
Evidente que a fonte de toda teologia cristã é a Bíblia. Não poderia ser qualquer outra Escritura sagrada de outra religião.
Creio que a Revelação de Deus está nas Escrituras (ainda que essa Revelação seja entendida de formas diversas; gosto particularmente do pensamento de Brunner para quem, a Revelação é "os atos poderosos de Deus para a salvação"). A criação é uma das mais eloquentes revelação de Deus, atrás apenas de Cristo.
Creio que a fé não precisa da razão para ser fé. Nem a razão da fé para ser razão. Afinal de contas existe alguma coisa racional nos eventos espetaculares da narrativa Bíblica? Por ex. mar que se abre, serpente que fala com gente, jumenta que fala com gente,fogo que desce do céu, baleia(ou grande peixe) que engole profeta,etc,etc.
O que quero dizer é: o fundamentalista não precisa de uma explicação racional para tais eventos se entende que eles historicamente ocorreram. Basta fé. Mesmo por que, não podem ser explicados fora da fé.(fé que de fato, Deus os provocou, digo)
Não sou contra os fundamentalistas. Eles têm um tipo de fé que eu não tenho, mas são tão cristãos quanto eu sou.(é verdade que alguns amigos meus fundamentalistas dissem o contrário, rss).
Pra finalizar, meu amigo, métodos de estudos das Escrituras cada um prefere o seu. Geralmente aquele que melhor se adequar aos seus pré-conceitos e pré-ssupostos. (me incluo aí também).
Mas não se pode menosprezar nenhum dos métodos, muito menos o histórico-crítico, que para mim é o melhor para se entender como a cultura e os condicionamentos históricos influenciaram a narrativa bíblica. Ou não influenciaram?
um grande abraço, espero poder trocar "figurinhas" com vc pois é um pouco difícil encontrar fundamentalistas dispostos a ouvir o contraditório. rsss
meu e-mail: eduardo42@ig.com.br
meus blogs (com a permissão do Ewerton) saladopensamento.blogspot.com
olharotempo.blogspost.com
Belíssimo texto.
Parabéns.
Gostei muito do seu blog.
Que o Senhor Deus prossiga abençoando este espaço.
www.alexmaltta.blogspot.com
Evangelho da Graça
Prezado Pr. Ewerton, a Paz!
Há muito procurava uma leitura mais crítica acerca do livro em questão. Achei.
Achei também um bom blog, com ótimo conteúdo e por isso resolvi segui-lo.
Deus lhe abençoe em Cristo.
Se desejar visitar meu blog, o endereço segue abaixo. Temos muitos amigos e seguidores em, comum.
www.pastorguedes.blogspot.com
Não entendi sua tese inicial, vc não indicou os grupos que estão aderindo ao liberalismo por vc descrito Pastor. Se puder falar mais osbre isso agradeço, mas com argumentos sólidos.
Abraço
Caro anônimo [5:24PM]
Primeiramente, creio que você não leu atentamente o texto, nem o entendeu, apesar dele ser claro, argumentativo, e coerente. Concluo isto, porque você não viu que o autor não sou eu, apenas o editei postando no blog.
Sugiro que releia o texto e, depois refaça o seu pedido com mais clareza, por favor.
Em Cristo,
Pr Ewerton
Estou lendo a Cabana.
Sou Cristã, e só gostaria de lembrar que esse livro é um ROMANCE, em cima da experiencia do personagem, portanto: acredito que a resenha que foi feita, apesar de bem escrita, não serve como critica final. Está muito densa e opressiva.
Vocês acreditam , que esse livro, pode tocar pessoas e fazê-las desejar conhecer as escrituras?
Pois bem, pode ser um canal de aprendizado, de busca e não deve ser perdido.
Eu acredito que sim.
A Paz de Cristo.
Silvana Sorra
Não quero defender o livro, mas sim a arte. Trata-se de uma ficção bem escrita, que não deve ser entendida como um guia, ou que tal coisa que aconteceu é possível. É apenas literatura.
Do ponto de vista teológico a obra pode ser criticada. Quem é cristão e leu o livro, sabe que é ficção e que não deve ser seguido como uma "verdade".
Querido irmão, parabéns pela maneira que descreveu esta obra que sem duvida é uma das artimanhas de Satanás, para manipular os seus e tentar ludibriar o povo de Deus. Muitos sim, usam esta obra como regra de fé e pratica, buscando Deus em lugares onde ele não esta. Vivendo uma trindade absurda e longe da verdadeira trindade. Eu precisava de um material como o seu e se me permite postarei no blog de nossa igreja.
Um abraço e Deus seja louvado.
Pr. Marcelo, Anne, Calebe e Levi
www.pibcampossales.blogspot.com
www.mimbare.blogspot.com
www.ministeriosfontedeluz.blogspot.com
O Pr. Ewerton, fez uma resenha deste livro com muita sabedoria, é sempre necessário que alguém levante esta bandeira, para evitar que o Liberalismo venha destruir o Cristianismo.
Para complementar esta resenha, recomendo a leitura de (dois)livros o 1º é NÃO ENTRE NESTA CABANA de sAMUEL F. M. COSTA (Editora ACTUAL) e O 2º é O QUE ESTÃO FAZENDO COM A IGREJA de Augustus Nicodemus.Editora Mundo Cristão.
Pelo que entendi a maioria aqui crer num Deus carrasco sem mizericordia que determinou cristao irao pra gloria nao cristao ( "crentes" ) vao por inferno , santa teologia egoista . o Deus que creio é rico em mizericordia e fará de tudo pra nao ter sua criaçao no inferno, será que na hora do julgamento Deus vai ser tao cruel e joga-lo no inferno ???será q isso é ser justo so pq a pessoa nao seguiu religiosamente sua vida tem viver na eternidade no inferno. sao algumas das coisas que fico a pensar quem vejo que Deus é de amor e mizericordisos mesmo sem merecermos pq ele sabe nossa essencia pecaminosa , vejo na tv pais de presidiarios desesperados quando tem uma rebeliao que se pudesse ficaria la no lugar dele e o amor de nosso Deus q é infinitamente mais .o que sera capaz de fazer na hr do julgamento ?? ou sera q ele vai seguir a risca a teologia aqui tanto proclamada ???
A paz do SENHOR.Acabei de ler o artigo sobre o livro a Cabana,e gostei muito,pois ele me esclareceu algumas coisas.Eu li o livro A Cabana já a algum tempo,e realmente me senti mais confusa do que confortada.Não tenho nada contra se escrever as chamadas "ficções cristãs",nem aos "romances cristãos",desde que não se adultere a verdade da Palavra de Deus.Eu entendi a idéia do autor em colocar suas teorias 'cristãs'como uma tentativa de apresentar um Deus amoroso sem agredir a crença popular das pessoas.
Mas o Evangelho não existe para agradar ao homem,nem a Bíblia pode ser moldada para agradar a opinão da maioria.Eu li o livro,e posso dizer sem medo que se uma pessoa que nunca leu a Biblia,se ler esse livro,pode realmente acreditar que as coisas são e funcionam desse jeito!!!Devemos lembrar,que o objetivo principal desse livro é o campo da auto-ajuda!Sendo que a maioria das pessoas que o leu nem cristãs eram!!!
Eu sou cristã ha 16 anos,estou no segundo ano do curso de teologia.A Bilbia é meu livro de cabeceira,meu guia prático para tudo em minha vida.E por gostar muito de ler,procuro ter livros de boa qualidade.Não é minha intensão,criticar quem leu e gostou do livro(até porque eu também o li).Mas acredito que se foi provado,mediante a Palavra de Deus,que A Cabana distorce as verdades das Escrituras,como servos de Deus,não podemos ficar indifeentes quanto a isso.Não importa se quem escreveu o livro se diga cristão ou não!Ou nós confiamos no que a Biblia diz,ou não somos realmente cristãos.Vamos pelo menos,antes de criticar o post e a pessoa que o escreveu,pensar no texto com carinho,e fazer como os cristãos de Beréia:conferir na Bilbia,pois ela é a detentora da verdade e certamente esclarecerá todas as coisas.
Que Deus abençõe a todos!
Deus é amor!
Seu texto não tem embassamento no amor de Deus, o livro tem e isso o torna muito mais verdadeiro e autêntico que o seu texto.
(#Não que eu esteja comparando o livro a seu teexto)
O grande problema da chamada modernidade líquida é exatamente este, o de achar que Deus é somente amor, separando assim o amor dos demais atributos divinos colocando-o acima dos demais. Concordo com a colocação de Wayne Grudem quando diz: "Deus não está dividido em partes; porém percebemos atributos diversos de Deus enfatizados em momentos diferentes (...) Quando as Escrituras falam dos atributos de Deus, jamais destaca um deles como mais importante que os restantes (...)Antes é imprescindível lembrar que todo o ser divino compreende a totalidade dos seus atributos: ele é inteiramente amoroso, inteiramnte misericordioso, inteiramente justo e assim por diante"
Oi adorei.. muito obrigado, amei a maneira que vc usou para descrever essa resenha...me fez se interessar pelo livro....mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história.....acesse o link da livraria cultura e digite reverso...a capa do livro é linda
www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?
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