18 fevereiro 2025

5 coisas que não precisariam ser afirmadas sobre presbiterianos & reformados

5 coisas que não precisariam ser afirmadas, mas declaro-as pois a inaptidão cognitiva cria espantalhos e perpetua erros:

 1. Protestantes não adoram, cultuam ou idolatram os reformadores. Logo, Lutero e Calvino, eram apenas Lutero e Calvino, e nunca foram são Lutero ou são Calvino.

2. Os reformados não creem que seus documentos confessionais sejam divinamente inspirados. Mas, a subscrição exige honestidade e honradez dos membros e dos oficiais que os adotam. Os votos de admissão e ordenação DEVEM ser declarados com sinceridade, senso de obediência e sem reserva mental. É uma questão de entender, aceitar, comprometer, praticar e propagar a doutrina com coerência e veracidade.

3. As igrejas presbiterianas/reformadas não são governadas por bispos ou papas. O nosso governo eclesiástico é conciliar. A autoridade do concílio é declaratória, bíblica, confessional e legal. As decisões conciliares podem ser revisadas e corrigidas se forem nulas de direito, negando a constituição da igreja, a confessionalidade ou um claro ensino bíblico. Concílios podem errar, mas maior erro comete o sujeito que não segue o processo conciliar para recorrer e propor melhoria.

4. A autoridade de pastor não depende do título acadêmico, fama ou no tamanho da igreja que pastoreia. A integridade moral, fidelidade bíblica e honestidade confessional, exemplo da sua família e bom testemunho público é o que dá peso e respeitabilidade ao ministro do evangelho. Todos os pastores têm o mesmo poder de voto e oportunidade em concílio a partir do momento que ele "toma assento". A sua autoridade, persuasão e influência DEVERIA repousar sobre a fundamentação bíblica, confessional e legal e não no título de "doutor", presidente ou seja o cargo que se ocupe.

5. Não estamos vivendo uma crise de identidade denominacional. As igrejas presbiterianas/reformadas têm a sua identidade doutrinária, litúrgica, eclesiástica e ética definida por seus documentos oficiais. Se quer saber o que significa e o que crê uma igreja presbiteriana, veja seus documentos. A crise é ética, pois presbitérios DEVERIAM corrigir pastores, conselhos e igrejas que desviam-se doutrinária e/ou liturgicamente, que negam a confessionalidade da igreja e que têm problemas imorais ou ilegais. A crise não é de identidade, mas moral.

 Se membros e oficiais de igrejas presbiterianas e reformadas fossem devidamente instruídos e coerentemente honestos com a identidade confessional de suas denominações, não existiriam essas confusões e desordens, nem precisaria de um texto como este ser escrito.

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