28 setembro 2016

Epidemia: outro pastor que se esgota e se demite Domingo passado

A dor de um pastor é intensificada debaixo de impiedosos holofotes, enquanto a dor de outro é desconhecida. Ambas doem igualmente. Não fica mais fácil. Não importa quantas vezes você ouça sobre isso. E estamos ouvindo muito sobre isso ultimamente. Em números epidêmicos.

Outro pastor anunciou à sua chocada congregação que ele não podia mais. Ele os amava. Ele estava orgulhoso do trabalho do Reino que haviam feito juntos por anos. Mas suas prioridades estavam desajustadas. Ele havia posto todo seu tempo e energia na igreja e havia negligenciado sua própria saúde espiritual e emocional. Ele pediu à congregação que orasse por ele e sua família enquanto enfrentavam a próxima fase difícil de suas vidas – sem saber o que esta fase traria. Então ele reuniu a congregação de 20 pessoas na frente da igreja para orarem juntos uma última vez. Ele por eles. Eles por ele e sua família. Oraram, abraçaram, choraram e disseram adeus.

Enquanto escrevo esse artigo, aquele pastor está encaixotando seus pertences numa van para se mudar da pequena cidade que eles chamaram de lar por mais de uma década. Por agora, eles vão viver com os pais da esposa para se recuperarem.

Muitos pastores esgotados

Infelizmente, aquele pastor não foi o único a ter uma história dessas no último domingo. Aconteceu com centenas. Este ano, milhares vão deixar o ministério, esgotados e machucados. De igrejas grandes e pequenas, em crescimento e estagnadas. Ouvimos quando os pastores famosos desistem ou se esgotam. É o preço da fama. E é muito alto. Tanto o sucesso quanto as falhas são ampliadas. Mas um preço diferente é pago por aqueles que não são conhecidos fora de suas famílias e pequena congregação.

Enquanto os sucessos e dores de pastores conhecidos são destacados, os sucessos e dores de pastores de igrejas pequenas são ignoradas e esquecidas. Ambos são igualmente machucados. Ambos carregam o peso dos problemas que os levaram a deixar a igreja, e frequentemente o ministério. A dor do pastor da megaigreja é intensificada por falhar debaixo das luzes da ribalta, enquanto que a dor do outro é aumentada por cair no anonimato. Esquecido por quase todos. Ambos os cenários são tóxicos. Eles entristecem o coração de Jesus, prejudicam Sua igreja, devastam com as famílias dos pastores, arruínam ministérios e tornam difícil aos membros da igreja confiar num pastor novamente - ou confiar em Deus novamente.

Mudar o paradigma de sucesso da igreja

Não precisa se desse jeito. Não deveria ser desse jeito. Precisamos abandonar as expectativas não bíblicas que foram colocadas nos ombros dos pastores. Ou que nós próprios colocamos nos nossos ombros. Pastores nunca foram destinados a carregar esse fardo tão grande. Nenhuma pessoa é capaz de ser pregador, professor, “lançador de visão”, CEO, líder, evangelista, ganhador de almas, angariador de recursos, conselheiro matrimonial, e todo esse modelo de virtude que esperamos que os pastores sejam – muitos deles enquanto trabalham a tempo inteiro fora das paredes da igreja. Mas tem sido assim por tantos anos que às vezes parece uma locomotiva sem freio que não pode ser parada. Precisa ser parada.

Redefinindo o sucesso no ministério

Ninguém pode parar essa locomotiva a não ser nós, pastores. Precisamos dizer “não”. Para alguns de nós, isso significa dizer não às expectativas irracionais dos nossos membros, diáconos e oficiais da denominação. Mas para todos nós significa dizer não às nossas próprias expectativas não bíblicas. Dizer não a um paradigma que nós construímos e perpetuamos em volta de uma combinação dos nossos egos e inseguranças. Nós não somos os construtores da igreja, Jesus é. Não somos capazes de nos matarmos de trabalhar emocionalmente e espiritualmente sem que alguma coisa quebre dentro de nós. Não podemos continuar nos forçando fisicamente com poucas horas de sono, muita comida e pouca atividade física. Não podemos continuar negligenciando nossas esposas e famílias enquanto queimamos a vela dos dois lados e não esperar que todo mundo – nossas famílias, igrejas e nós mesmos – pague um enorme preço por isso. Precisamos redefinir com que o sucesso ministerial se parece, porque muitas pessoas boas estão sendo machucadas enquanto perseguimos nossa atual e insuportável versão de sucesso.

Orem uns pelos outros

Faça uma pausa hoje. Respire. E ore. Ore pelos pastores feridos, conhecidos e desconhecidos, que deixaram uma igreja que eles amavam – e talvez ainda amem. Ore pelos pastores famosos sofrendo debaixo da insuportável luz da ribalta. Ore pelos pastores desconhecidos que se sentem perdidos e esquecidos. Ore pelas famílias que suportaram anos de dor em silêncio, e que agora têm suportado ainda mais. Ore pelos membros da igreja que não sabem se se sentem bravos, tristes ou outra coisa. Ore para que o Deus que prometeu que Seu jugo era suave e o seu fardo leve, alivie os fardos mais pesados que nós colocamos sobre nossos próprios ombros. E que troque por Sua paz, Seu conforto e Sua esperança."


Karl Vaters - Christianity Today
Extraído de http://www.christianitytoday.com/karl-vaters/2016/september/epidemic-another-pastor-burned-out-and-quit-last-sunday.html

05 setembro 2016

A Confissão de Fé de Westminster aprovada pela Igreja da Escócia em 1647

Você pode perguntar após ler o título desta contribuição, por quê estamos pensando em adotar a Confissão de Fé de Westminster, quando todo o blog Este Dia na História do Presbiterianismo lida com a História do Presbiterianismo nos Estados Unidos? E esta é uma pergunta justa. Mas é rapidamente respondida por duas considerações. Primeiro, este padrão reformado – A Confissão de Fé de Westminster – foi, com poucas mudanças, o padrão subordinado de todas as denominações Presbiterianas dos Estados Unidos. Segundo, os imigrantes Escoceses-Irlandeses que vieram para este país em seus primeiros dias estavam firmemente ligados a esta declaração do Credo Reformado.

A Confissão de Fé Westminster foi formulada pela Assembleia de Teólogos de Westminster (isto é, pastores e teólogos) em meados do século XVII, reunidos na Abadia de Westminster em Londres, Inglaterra. Aos cento e vinte sacerdotes, principalmente da Igreja da Inglaterra, foram adicionados nove teólogos escoceses da Igreja da Escócia. Enquanto estes últimos estavam sentados como membros sem direito a voto dessa assembleia, ainda a sua presença foi sentida de forma muito eficaz durante o estudo de seis anos que produziu esse padrão confessional.

Quando foi aprovada pelo Parlamento na Inglaterra, foi então enviada para a Assembleia Geral da Igreja da Escócia, onde foi aprovado sem alterações em 29 de Agosto de 1647. Em seguida, tornou-se ela um resumo dos ensinamentos do Antigo e Novo Testamentos, que foi adotada tanto pelos presbíteros docentes como pelos regentes, bem como o diaconato em cada igreja local, em todas as igrejas Presbiteriana e Reformada decorrente dessa tradição. Pequenas mudanças foram feitas a ela por organismos presbiterianos conservadores de nossos Estados Unidos que não afetam o conteúdo doutrinal global da Confissão. A maioria dessas mudanças foram feitas em 1789. Você pode perguntar ao seu pastor para obter mais informações sobre essas mudanças.

A importância histórica deste documento é uma razão pela qual temos referências diárias a ele neste guia devocional, à medida que procuramos fazer com que nossos amigos sejam maiores conhecedor de suas magníficas declarações.

Palavras para vivermos: A maioria das denominações presbiterianas não exigem que seus membros leigos façam votos que tratam da sua adopção a estes padrões de credo histórico, a fim de juntar-se à igreja. No entanto, um estudo cuidadoso e aceitação desta Confissão de Westminster lhe dará uma base sólida para a compreensão da doutrina e da vida da Palavra de Deus. Nós o encorajamos a fazê-lo, talvez solicitando uma classe em sua igreja sobre a Confissão, ou apenas estudando-a você mesmo para seu benefício pessoal e familiar.


Tradução de Bruno Luiz S. Rodrighero
Extraído de http://www.thisday.pcahistory.org/2015/08/august-27-2/