22 março 2020

D.A. Carson e sua interpretação imaginativa do dom de línguas

por Ewerton B. Tokashiki


índice

1. Qual o problema?
2. Como Carson interpreta o dom de línguas em At e 1Co?
3. O que Carson pensa das manifestações do atual falar em línguas?
4. Anexo


Qual o problema?

Se tem um escritor que aprecio ler é D.A. Carson. De fato, ele é uma referência acadêmica de competência inquestionável. O primeiro livro dele que li foi “Exegese e suas falácias”[1] e, a partir daí, passei a admirar a capacidade de discernir erros exegéticos em grandes intérpretes da Bíblia. Todavia, a minha decepção veio com a leitura do seu livro “A manifestação do Espírito – a contemporaneidade dos dons à luz de 1Coríntios 12-14”. Quando soube que ele era um continuísta, fiquei muito curioso querendo saber como seria a abordagem exegética de alguém com a competência como a dele? A leitura do capítulo 3 “Profecia e línguas: buscando o que é melhor (14.1-19)” trouxe a inevitável frustração. Não vou me deter resumindo a parte introdutória do capítulo, que é de menor importância, mas de modo objetivo irei para a análise de sua opinião sobre o dom de línguas. Resumidamente, é necessário antecipar, por amor da clareza, que Carson faz uma distinção entre o dom de línguas de Atos e 1Coríntios e o falar em línguas na atualidade, e apesar disso, ele tenta explicar a relação entre estes diferentes fenômenos.


Como Carson interpreta o dom de línguas em At e 1Co?

Há um aspecto muito positivo neste capítulo. Carson crê que tanto as ocorrências de línguas em Atos como 1Coríntios eram idiomas, e não manifestações extáticas. Ele declara que “devo simplesmente registrar minha convicção de que o que Lucas descreve em Pentecostes são idiomas existentes”.[2] Então, logo em seguida apresenta a conclusão de que
Paulo considerava o dom línguas um dom de idiomas existentes, ou seja, de línguas que eram cognitivas, fossem elas de homens, ou de anjos. Além disso, se ele sabia dos detalhes de Pentecostes (atualmente, uma opinião impopular no mundo acadêmico, mas totalmente defensável em minha opinião), seu entendimento sobre línguas deve ter sido moldado, até certo ponto, por esse evento. Certamente as línguas em Atos exerceram algumas funções diferentes das que eram exercidas em 1Coríntios; mas não há evidência substancial que sugira que Paulo pensasse as duas como essencialmente diferentes.[3]

Nesta parte a maioria dos cessacionistas concordam com ele. Digo, a maioria, porque há alguns cessacionistas que não creem que os dois eventos se refiram ao mesmo fenômeno. Mas, eu fecho plenamente com Carson neste ponto!


O que Carson pensa das manifestações do atual falar em línguas?

Ele divide a sua argumentação em três partes. Primeiro, ele expõe que apesar de não ter fundamento bíblico, a experiência é válida por ser funcionalmente benéfico para quem a usa. A primeira constatação que Carson faz sobre o moderno fenômeno de falar em línguas é de que “não é nenhum idioma humano. Os padrões e as estruturas exigidos por todo idioma humano conhecido simplesmente não estão presentes nesses exemplos. Ocasionalmente, uma palavra reconhecível escapa; mas isso é estatisticamente provável, dado o grande volume de verbalização”.[4] A sua próxima conclusão é que “as línguas atuais, em termos lexicais, são não comunicativas, e os poucos exemplos de casos de xenoglossia atuais são tão mal atestados que nenhum peso pode ser colocado neles.”[5] Em outras palavras, nas atuais manifestações do falar em línguas, segundo Carson, não há uma comunicação direta inteligível. E apesar disso, a sua conclusão tende para o pragmatismo, ao declarar que “o atual fenômeno parece fazer mais bem do que mal, tem ajudado muitos crentes no que diz respeito a adoração, oração e compromisso, e, por isso, deveria talvez ser avaliado como um bom dom de Deus, apesar de não ter nenhuma garantia bíblica explícita.”[6] O que vemos aqui é a completa negação do princípio fundamental sola Scriptura, a favor de uma experiência que não tem base na Escritura Sagrada, por meros motivos pragmáticos. Essa afirmação já seria suficiente para fechar o livro, e perder todo o interesse na explicação de Carson. Mas a minha curiosidade me obrigou a terminar a leitura do capítulo.

Em segundo lugar, após comentar a tese de Poythress que oferece três possíveis explicações para o fenômeno de falar em línguas,[7] Carson desdobra uma quarta possibilidade de significado do suposto dom. Ele propõe que esse fenômeno são “padrões de fala suficientemente complexos a ponto de poderem carregar todos os tipos de informação cognitiva em algum tipo de ordem codificada, ainda que linguisticamente esses padrões não sejam identificáveis como idioma humano”.[8] Alguns termos fogem de seu sentido comum, como “informação cognitiva” e “ordem codificada” e passam a ter o sentido de não-sei-o-que-significa. Carson não consegue perceber o nível de absurdo que a sua proposta o levou. Daí ele se admira porque é desprezada, apesar de, segundo ele, a sua proposta “é também logicamente possível, ainda que comumente seja ignorada; e ela satisfaz as restrições tanto daquilo que é apresentado nos documentos bíblicos do primeiro século quanto de alguns dos fenômenos atuais. Não entendo como isso possa ser ignorado.” Ele não explica o que é “logicamente possível”, nem a que fenômenos do primeiro século se refere, porque obviamente não é às experiências de Atos, nem de 1Coríntios.

O terceiro argumento é a tentativa de definir, por pressuposto, que o moderno falar em línguas é uma vocalização livre. A teoria é uma tentativa de justificar a irracionalidade de algo que não deveria ser classificado como um idioma.[9] A explicação segue que “Poythress nos relembra que tais vocalizações livres ainda podem carregar conteúdo além de uma imagem vaga do estado emocional do falante.”[10] Quando a explicação ficou questionavelmente estranha, Carson ainda propõe uma “ilustração criativa”, sem nenhuma fundamentação exegética! Vou transcrever a sua explicação:[11]

Imaginem que a mensagem é:

“Louvarei ao Senhor, pois seu amor dura para sempre.”

Ao retirarmos as vogais, obtemos:

LV SNHR OS MR DR PR SMPR.

Isso pode parecer um pouco estranho; contudo quando nos lembramos que o hebraico moderno é escrito quase sem vogais, podemos imaginar que, com certa prática, isso poderia ser lido com bastante tranquilidade. Agora, remova os espaços e, começando pela primeira letra, reescreva a sequência usando cada terceira letra repetidamente por toda a sequência até que todas as letras sejam usadas. O resultado é:

LNPMRSRSRSDRPVHSRDM.

Agora adicione um som de “a” depois de cada consoante e divida arbitrariamente a unidade em pedaços:

LANAPA MARA SARASARA SADARA PAVA HASARA PAMA.

Acredito que isso não é diferente das transcrições de certas línguas atuais. Certamente é muito parecido com algumas que já ouvi. Mas a questão importante é que isso transmite informação, desde que você conheça o código. Qualquer um que conheça os passos que dei poderia revertê-los a fim de voltar à mensagem original.


É inacreditável que esta seja a sua proposta sobre a prática atual de falar em línguas. O continuísmo de Carson o força a uma explicação no mínimo estranha. Todavia, ela não é apenas diferente de qualquer outra explicação, que até mesmo pentecostais e carismáticos já ofereceram, ela é assumidamente não bíblica! O autor reconhece a total ausência de correlação entre o seu correto entendimento do dom de falar em línguas, conforme At e 1Co, e oferece uma explicação, que segundo ele, é um “padrão de verbalização não poderia ser desprezado de forma legítima como se fosse uma linguagem sem nexo. Ele é tão capaz de possuir conteúdo proposicional e cognitivo, assim como qualquer outro idioma humano conhecido.”[12] Isso se assemelha a “língua do p” que os adolescentes usam para se comunicarem! Onde está o elemento sobrenatural do dom de línguas? Neste caso, Carson reconhece que isso seria apenas uma questão de saber a “chave hermenêutica” para decifrar o segredo do que se fala; em outras palavras, o falar e o interpretar não seriam dons sobrenaturais, mas apenas o conhecimento de técnicas de linguística.

Creio que D.A. Carson deveria escrever uma 3ª edição revisada de “Exegese e suas falácias”. Nesta versão ampliada seria interessante acrescentar um 6º capítulo sob o título: “Falácias imaginativas”. Confesso que esperava um melhor argumento continuísta do Carson. Sendo justo com o seu pensamento, confesso que concordo com a exegese de Carson sobre o falar em línguas em At e 1Co, mas não consigo digerir a sua interpretação da experiência contemporânea de falar em línguas.

Ele é um respeitável scholar de exegese em Novo Testamento. Ainda admiro o seu trabalho exegético, apesar de estar decepcionado com o seu insustentável continuísmo. Concordo com a sua interpretação das manifestações das línguas mencionadas em At e 1Co como sendo o mesmo fenômeno sobrenatural de falar um idioma humano, sem ter um aprendizado prévio, mas a sua explicação para as manifestações das “línguas contemporâneas” é absurdamente decepcionante.






Anexo


Caso você culpe o tradutor, ou a editora de distorcer “a ilustração imaginativa” de D.A. Carson, transcrevo o texto original para fins comparativos:[13]


Suppose the message is:

Praise the Lord, for his mercy endures forever.


Remove the vowels to achieve:

PRS TH LRD FR HS MRC NDRS FRVR.


This may seem a bit strange; but when we remember that modern Hebrew is written without most vowels, we can imagine that with practice this could be read quite smoothly. Now remove the spaces and, beginning with the first letter, rewrite the sequence using every third letter, repeatedly going through the sequence until all the letters are used up. The result is:

PTRRMNSVRHDHRDFRSLFSCRR.


Now add an ‘a’ sound after each consonant, and break up the unit into arbitrary bits:

PATARA RAMA NA SAVARAHA DAHARA DAFARASALA FASA CARARA.


I think that is indistinguishable from transcriptions of certain modern tongues. Certainly it is very similar to some I have heard. but the important point is that it conveys information provided you know the code [bold reflects Carson’s use of italics]. Anyone who knows the steps I have taken could reverse them in order to retrieve the original message.


NOTAS:

[1] Publicado pela Edições Vida Nova em 1992, e posteriormente, alterando o título numa 2ª edição em 2001 para “Perigos da interpretação bíblica”.
[2] D.A. Carson, A manifestação do Espírito– a contemporaneidade dos dons à luz de 1Coríntios 12-14 (São Paulo, Edições Vida Nova, 2013), p. 82.
[3] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 85.
[4] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 85.
[5] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 86.
[6] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 86.
[7] A sua posição teológica está AQUI acessado em 22/03/2020. A refutação da posição de Pouthress está AQUI acessado em 22/03/2020.
[8] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 87.
[9] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 87.
[10] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 87.
[11] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, pp. 87-88. Os itálicos são do autor.
[12] D.A. Carson, A manifestação do Espírito, p. 88.
[13] D.A. Carson, Showing the Spirit – A Theological Exposition of 1 Corinthians 12-14 (Grand Rapids, Baker Books, 1987), pp. 85-86.

21 março 2020

Não deixem que a ansiedade os domine!

O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos da igreja de Filipos “Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se! Que a moderação de vocês seja conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7 NAA). Ele prescreve que as mentes dos cristãos não fossem dominadas pelo medo de sofrerem algum mal. Esse medo pode produzir uma nociva ansiedade que tiraria a alegria em Cristo Jesus.

Como evitar a ansiedade e o medo excessivo? A maioria dos motivos das nossas ansiedades e temores, talvez, nunca acontecerão. Mas estas emoções são reais e furtam a nossa alegria, paz, vigor e produtividade. Atualmente temos um contexto de pandemia do COVID-19 [coronavírus] que oferece riscos à nossa saúde e vida. Sabemos que há pessoas que exageram e causam um pânico desnecessário, mas não ignoramos que toda prevenção é salutar para combater a proliferação e contágio desse vírus. Sei que o assunto do coronavírus é massificado na mídia, redes sociais e nas conversas pessoais, mas, apesar de cansativo ele é necessário. Contudo, pensar nele o tempo todo nos leva a uma condição de ansiedade ininterrupta, cansaço emocional e desgaste mental. É sobre isso que Paulo nos adverte.

A Palavra de Deus no texto de Fp 4.4-7, sem nos alienar dos problemas, orienta a pensar nalgumas verdadeiras ideias que produzirão vigor físico e espiritual. Primeiro, ele nos lembra da alegria no Senhor [veja o verso 4]. A alegria no Senhor e não qualquer entretenimento, é a nossa fonte de revigoramento. Neemias vendo o desânimo dos judeus lhe orientou que: “Vão para casa, comam e bebam o que tiverem de melhor. E mandem porções aos que não têm nada preparado para si. Porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto, não fiquem tristes, porque a alegria do Senhor é a força de vocês” (Ne 8.10, NAA). Paulo declarou duplamente que devemos nos alegrar no Senhor. Entendendo essa verdade Johannes Sebastian Bach compôs uma famosa música sob o título de “Jesus é a alegria dos homens” [disponível no Youtube].

Em segundo lugar, Paulo nos adverte que a nossa moderação deve influenciar aos que estão ao nosso redor. Em qualquer situação, seja diversão, festividade, dor, perda por falecimento, ou o contexto de pandemia que vivemos, não devemos tirar os freios das nossas emoções. Não podemos nos entregar ao desespero de modo que contribuamos para o pânico. Jó vendo a perda de seus bens e filhos não saiu gritando, xingando, blasfemando, ou agredindo os outros, pelo contrário, ele se levantou em meio à sua tristeza e louvou ao Senhor com uma das mais confortadoras declarações da Bíblia (Jó 1.20-21). Se, porventura, não sentirmos o consolo de Deus, se não entendermos o motivo do que está acontecendo, ainda assim, somos exortados a pensar que “perto está o Senhor”. Ele nos basta, porque a sua suficiência é maior do que tudo.

Em terceiro lugar, o apóstolo nos repreende a não andarmos ansiosos. A ansiedade em si não é pecado, porque ela, em geral, revela a maturidade e responsabilidade de quem sabe o que é sofrer, dos danos e consequências de enfermidades, dívidas, escassez, pobreza, ameaças e sofrimentos que vão além do nosso controle. Então, a ansiedade foi um desses sentimentos que Deus colocou no homem ao cria-lo, assim como a ira, o amor, a alegria e o medo são legítimos se exercidos com o propósito que Deus lhes deu, isto é, nos santificar e afastar do pecado e promover a nossa devoção à Deus. Por isso, não devemos “andar” ansiosos, ou seja, uma ansiedade incessante que domina todo o nosso comportamento, causando malefícios como descontrole, perturbação e insônia. A recomendação da Palavra de Deus é que coloquemos diante de Deus, por meio da oração, tudo o que nos rouba a paz e alegria em Cristo. Mas não é somente pedir. O texto bíblico [Fp 4.6b] nos orienta a orar “com ações de graças”. Isso significa agradecer a Deus, mesmo que o nosso coração lute usando armas de mortal amargura contra a viva esperança que vem do alto. É o SENHOR Deus quem define o valor do que temos na vida e, por isso, a importância do que fazemos é medido pelo quão gratos somos a Ele quando nos dá ou tira algo de nós. Deus nos ordena a sermos sempre agradecidos por tudo o que Ele faz conosco, porque tudo é para nosso bem e para a sua glória (1Ts 5.18). A gratidão cura o egoísmo e a amargura.

Em quarto lugar, Paulo nos dá uma promessa. Algumas pessoas não sabem o que é ter paz há muito tempo, e algumas, talvez, nunca experimentaram “a paz de Deus que excede todo o entendimento”. Certamente que Paulo como israelita não se refere apenas à ausência de conflitos ou tormentos, mas é possível que esteja pensando em shalom, que é um conceito hebraico muito mais rico em significado. A ideia de shalom, por vezes traduzida por “paz”, refere-se a perfeita ordem e funcionamento de todas as coisas produzindo o pleno bem-estar e contentamento em Deus. É algo que transcende às boas ou más circunstâncias, está além do estado de espírito, ou qualquer outro subjetivismo. O profeta Habacuque sob a eminente invasão dos babilônios, em 605 a.C., faz uma confissão de fé: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira; ainda que a colheita da oliveira decepcione, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas desapareçam do aprisco, e nos currais não haja mais gado, mesmo assim eu me alegro no Senhor, e exulto no Deus da minha salvação” (Hq 3.17-18). É a esta alegria que Paulo se refere ao declarar que esta paz “excede todo o entendimento” não está afirmando que ela é irreal, ou um “salto no escuro”, mas que não se limita a inconstância das nossas emoções, porque ela tem a sua fonte em Cristo e o seu valor é de acordo com o perfeito propósito de Deus (Rm 8.28-29).

A ansiedade descontrolada tem o poder de destruir a nossa concentração. Ela dispersa os nossos pensamentos, levando-nos à tentação de resolver todos os possíveis problemas que atormentam a nossa mente. A mente é induzida a um excessivo e nocivo ativismo. O problema é que quando somos dominados pela ansiedade temos drenado todo o nosso vigor. Por isso, somos incapazes de nos proteger das nossas disfunções emocionais e de pensamentos conflitantes. É aqui que se aplica a promessa de Deus: Ele “guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”. Não são pensamentos de autoajuda, ou uma mente positiva, um espírito otimista, ou “alto astral” [usando uma linguagem pagã] que nos garantirá a saúde mental e espiritual. Somente Cristo é capaz de nos prover suficientemente em todas as nossas necessidades, dominar nossos conflitos, acalmar nossos temores e satisfazer os nossos reais anseios. Lembre-se: o Senhor Jesus, incessantemente, reina!

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém!” (Rm 11.36, NAA)