26 dezembro 2010

O Papa é o Anticristo

Escrito por David Dickson[1]

É o Papa aquele Anticristo,[2] que o homem do pecado e filho da perdição que se exalta na igreja de Deus contra Cristo e tudo o que é chamado Deus?[3]
Sim (2 Ts 2:3-4, 8-9; Ap 13:6; Mt 23:8-10). Mesmo que isto seja negado pela Igreja de Roma, todavia, a verdadeira descrição do Anticristo concorda com ele.
1. Porque ele não é um simples homem, mas pertence a uma ordem e espécie de homens, sucedendo um ao outro no mesmo estado e ofício; que você verá comparando os textos de 1 Jo 4:3 e 2 Ts 2:7-8.
2. A sua vinda é segundo o modo de Satanás (2 Ts 2:9).
3. Conforme o seu nome, ele se nomeia cristão, mas na verdade, ele é um adversário de Cristo; e conseqüentemente, aquele que nega que Jesus é o Cristo (Ap 17:14; 19:19; 2 Ts 2:8; 1 Jo 2:23).
4. Ele está sentado no templo de Deus como Deus (2 Ts 2:4).
5. Ele governa na grande cidade e exerce domínio sobre os reis da terra.
6. Ele os engana que habita sobre a terra com mentirosos milagres e maravilhas (2 Ts 2:9; Ap 13:14-15).
7. Ele ocasionou todas as classes de pessoas para receberem a sua marca sobre a sua mão direita, e em suas frontes (Ap 13:16-17).
8. Para que concorde com o que Paulo disse: “e, agora (de fato, o imperador romano), que poderia ser revelado em seu tempo” (2 Ts 2:6-7).

NOTAS:
[1] David Dickson (1583-1663) nascido em Glasgow, Escócia. Como filho de mercador aspirava apenas herdar os negócios da família, todavia, após uma enfermidade decidiu ingressar na Universidade de Glasgow e preparar-se para o ministério pastoral. Em 1622 foi despojado do pastorado pelo Bispo de Glasgow por sua oposição aos 5 Artigos, sendo banido por um período de um ano para Turiff, em Aberdeenshire, e o seu retorno foi um instrumento para numerosas conversões. Em 1638 esteve presente na famosa Assembléia que restaurou o governo presbiteriano na Escócia, e no ano seguinte foi eleito como moderador da Igreja Escocesa. Em 1640 tornou-se professor de Teologia em Glasgow, sendo transferido para Edinburgh dez anos depois. Durante aquele período ele dedicou-se para restabelecimento da ortodoxia reformada através do todo o país.
[2] O texto original da Confissão de Fé de Westminster XXV.6 trás: There is no other head of the Church but the Lord Jesus Christ: nor can the Pope of Rome in any sense be head thereof; but is that Antichrist, that man of sin and son of perdition, that exalteth himself in the Church against Christ, and all that is called God [Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo: nem pode o Papa de Roma em algum sentido ser o seu cabeça; senão que ele é o Anticristo, aquele homem da iniqüidade e filho da perdição, que exalta a si mesmo na Igreja contra Cristo, e tudo o que é chamado Deus] (Cl 1:18; Ef 1:22; Mt 23:8-10; 2 Ts 2:3-4, 8-9; Ap 13:6). Tradução minha.
[3] O livro Truth’s victory over error de David Dickson contém as suas palestras da Confissão de Westminster entregue aos estudantes da Universidade de Edinburgh a partir do ano de 1650. Este é um comentário realizado por alguém que foi contemporâneo dos participantes da Assembléia de Westminster. Este comentário da CFW foi publicado originalmente em 1684.

Extraído de David Dickson, Truth’s victory over error – A commentary on the Westminster Confession of Faith (Edinburgh, The Banner of Truth, 2007), pág. 204.

Tradução livre 25 de Dezembro de 2010.
Rev. Ewerton B. Tokashiki

2 comentários:

Filósofo Calvinista disse...

Olá Reverendo:

Realmente tenho dificuldades em entender escatologia. Muito embora nossa confissão de fé afirme ser o papa o anticristo (e pelo que entendi em seu texto o papa realmente é o homem da iniquidade?), fico me perguntando então: mas, qual papa? Qual deles é ou será o próprio anticristo, já que os textos sagrados mencionam um pessoa, um indiíduo e não um sistema ou ordem?

Tudo de bom!

www.filosofiacalvinista.blogspot.com

José Rubens Medeiros disse...

Inclusive, atualmente, seriam "dois papas anticristos": UM ARGENTINO e UM ALEMÃO.