27 dezembro 2019

A Convocação da Assembleia de Westminster - por John Murray

Deve ser aceito, sem medo de inteligente contradição, que a Confissão de Fé de Westminster e os Catecismos Maior, e Menor, são as melhores formulações de credo da fé cristã que a igreja de Cristo já produziu. Isso não é negar que, em certos aspectos, alguns outros credos podem superar esses Padrões de Westminster, nem significa que esses padrões tenham atingido tal grau de perfeição que eles não possam, possivelmente, serem melhorados. Mas isso significa que eles são as mais perfeitas exibições de credo que possuímos da verdade revelada na Escritura Sagrada. Muitas pessoas estão familiarizadas com a Confissão e os Catecismos e ainda sabem muito pouco sobre a história da Assembleia que produziu esses documentos.

Um dos Parlamentos mais importantes que existiu na Inglaterra foi o chamado Parlamento Longo. Ele continuou de Novembro de 1640, até que foi dissolvido por Oliver Cromwell em Abril de 1653. Este Parlamento foi responsável pela convocação da Assembleia dos teólogos de Westminster.

Logo depois que o Parlamento Longo iniciou o seu trabalho, a Câmara dos Lordes nomeou uma comissão composta por dez bispos e vinte nobres para considerarem todas as inovações na igreja concernentes à religião. No outono e inverno de 1641, foi preparada o que é conhecido como a Grande Remonstrância da Câmara dos Comuns. Nesse documento expressou-se o desejo de que houvesse “um sínodo geral dos mais importantes, piedosos, eruditos e sensatos teólogos desta ilha, auxiliados por alguns participantes estrangeiros que professam a mesma religião conosco, a considerar todas as coisas necessárias para a paz e bom governo da Igreja”.

Em 1642, uma declaração do Parlamento da Inglaterra foi enviada à Assembleia Geral da Igreja da Escócia. Esta declaração possuía um apelo de prevenção contra a guerra civil. A resposta da Assembleia Geral da Igreja da Escócia lamentou o atraso com que a reforma da religião progrediu, e sustentou que a religião não é apenas o meio do serviço de Deus e a salvação das almas, mas também "a base e o fundamento dos reinos e dos estados". Também reiterou o apelo "de que em todos os domínios de sua Majestade poderia haver uma Confissão de Fé, um Diretório de Adoração, um Catecismo público e uma forma de Governo da Igreja".

Em 19 de abril de 1642, a Casa dos Comuns ordenou que os nomes dos teólogos que seriam consultados fossem apresentados. Em menos de uma semana, essa lista foi concluída. Ela consistia de dois teólogos de cada condado da Inglaterra, dois de cada universidade, dois das Ilhas do Canal, um de cada condado do País de Gales e quatro da cidade de Londres.

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